1 junho 2019 0:01
O termo populista tem sido tão usado que começa a ter pouco significado. No entanto, ser populista tem características distintivas. A principal é dividir a sociedade entre as “pessoas como eu e tu” e os “outros”, convencendo-nos de que esta divisão é estanque. Os outros podem ser as elites, às quais o povo comum não tem hipótese de aceder. Ou podem ser os estrangeiros, que vêm de um sítio remoto e nunca serão iguais aos nativos. Ou ainda os políticos, descritos como uma classe dirigente que nasceu, viveu e morreu num raio de 100 metros do palácio de São Bento. Os outros são descritos como uma força perigosa que tem de ser controlada, ou uma força opressora que tem de ser eliminada, justificando ações decisivas para a proteção e o bem das pessoas comuns.
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