O jornalismo tem uma história romântica com a violência, um pacto de venda que me impressiona
Tenho dois ou três cretinos de estimação. Acontecerá a muitos de nós, calculo. Atenção: ninguém é cretino por me insultar, embora eu prefira quem discorda sem baixar o nível. Mas, enfim, estaremos ainda dentro dessa malha, tão discutível quanto ampla, da liberdade de expressão. O cretino revela-se quando ao insulto junta a estupidez, clara, declarada, tantas vezes orgulhosa e petulante, como qualquer boa ignorância. Por vezes é-me difícil dar por eles. Como de momento basicamente não publico nada nas minhas páginas, lá têm eles de ir deixar o fel numa qualquer publicação muito antiga, o que tem o seu quê de cómico, como seja chamarem-me isto ou aquilo sobre jornalismo ou política ou coisa do género mesmo debaixo de uma foto onde simplesmente mostrei o meu cão a dormir descansado, sem legenda, considerandos, ironia ou mensagem criptada. Mas os meus dois ou três cretinos dão-se ao trabalho de criar uma página anónima, com respectivo nome falso e ausência de foto, para me enviarem mensagem privada, sempre a uma distância tão comprida quanto sensata: nunca me dizem quem são. Adiante.
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