Repete-se a catástrofe, agora em câmara lenta, mas ninguém a vê por detrás das lágrimas de crocodilo
“Tu n’as rien vu à Hiroshima.” As primeiras palavras de “Hiroshima mon amour” ecoam como um lamento, 66 anos depois da sua estreia, 80 anos depois da bomba atómica. Marguerite Duras e Alain Resnais compreenderam, em 1959, o que ainda hoje resistimos a aceitar. Hiroxima é invisível. Hiroxima é, também, indizível. “Impossível falar sobre Hiroxima. Tudo o que se pode fazer é falar sobre a impossibilidade de falar sobre Hiroxima”, escreveu Duras.
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