Mal põe o pé na areia, o português vira bicho territorial. Marca o terreno com tudo o que esteja à mão: guarda-sóis, corta-ventos, toalhas e paus
Todos os portugueses têm uma praia que é sua. Não é preciso escritura — basta a convicção. A “minha” praia pode ser feia, ventosa ou com água gelada. Pode estar tão cheia que já nem se consegue estender uma toalha. Mas é minha. E ai de quem diga mal. Somos como aquelas famílias disfuncionais em que só os de dentro podem insultar a tia mais esquisita. Se um estranho tenta, salta logo alguém: “Desculpe? Essa tia pode ser alcoólica, mas é nossa. Só pode ser criticada por quem a atura há anos.”
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