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Opinião

O silêncio e a superfície

O silêncio e a superfície

Sebastião Bugalho

Eurodeputado eleito pela AD

Acusar um ser humano devido ao nome que lhe deram é tão imoral quanto condenar alguém pelo lugar onde veio ao mundo

No inverno de 1806, no seu leito de morte, William Pitt proferiu as suas últimas palavras apesar de, até hoje, não termos por certo o seu significado. O então primeiro-ministro britânico — o que chegou mais cedo à função e o que a exerceu mais tempo — terá dito: “Oh my country, how I leave my country!”, o que tanto dá para “como deixo (leave) o meu país!” como para “como vivo (live) o meu país!” Nenhum dos presentes terá tido ocasião de lhe perguntar a tempo e o facto é que, dois séculos depois, permanecemos na ignorância sobre a forma como o inglês se despediu do mundo, se em lamento ou em exclamação, se apreensivo com Bonaparte do outro lado do Canal ou num derradeiro suspiro de patriotismo.

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