Há limites para o humor, como para outra coisa qualquer. Mas não se podem definir à partida, sem ceder à censura
Do processo ridículo de um duo de senhores contra uma radialista e humorista, campeã de audiências no podcast “Extremamente Desagradável” (o nome diz tudo), já muito foi dito. Sobre o assunto em concreto, só não posso dizer que subestabeleço todos os argumentos em Ricardo Araújo Pereira (RAP), porque isso me daria um ar de superioridade nestes assuntos, que obviamente não tenho. Mas subscrevo tudo o que ele disse, e desconfio que o farei no que ele, sobre o assunto, venha a dizer. Na verdade, RAP raramente falou tão a sério como quando destruiu a argumentação do ataque a Joana Marques (“se alguém prejudicar objetivamente o trabalho dos Anjos, é-lhes indiferente, se alguém os ameaçar de morte eles não ligam, se se rirem deles eles querem €1 milhão”). O riso é, de facto um caso sério, como muito sério é perguntar, como tanta gente faz, se há limites para o humor.
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