Além do amigo que lhe oferece malas cheias de euros, José Sócrates tem o cofre da mãe que opera este milagre: mete-se lá dentro escudos e volfrâmio, aquilo decanta lá dentro e, décadas depois, o cofre começa a cuspir euros
A história de Sócrates e da corte à sua volta é uma história de fracasso coletivo, sobretudo porque mostra como era fácil transformar Lisboa numa câmara de eco de uma única narrativa que não admitia contraditório e que impunha um cerco às vozes heterodoxas. Essas vozes minoritárias perdiam o direito de cidade, eram tratados como malucos ou moços irrelevantes, meros bobos. Sucede que os bobos costumam estar mais próximos da verdade do que os aristocratas em redor do rei.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate