Não temos de pedir desculpa por termos optado pela paz nem de ir a correr arruinarmo-nos a comprar armas porque os seus vendedores e os políticos ao seu serviço juram que ou pagamos ou acabamos a ter de falar russo
Na sua última coluna no “Público”, discorrendo sobre a “humilhação da Europa” na Cimeira da NATO, na Haia, Pedro Norton apresentou uma tese curiosa e que ainda não tinha visto exposta com esta clareza: o nosso tão estimado e louvado “modelo social europeu” só foi possível de erguer e financiar graças aos Estados Unidos. Porque foram os Estados Unidos que, protegendo e respondendo pelas necessidades de defesa da Europa, directamente ou por meio da NATO, permitiram à Europa construir um modelo social no qual investiu o dinheiro que não investiu em armas. Ao passo que os americanos fizeram o inverso e por isso o Estado Federal não gasta com a saúde e a protecção social e laboral dos seus cidadãos nem sombra do que a Europa gasta. Se tivesse capacidades para tal, Trump podia adoptar esta tese em reforço das suas humilhantes exigências e em substituição dos seus argumentos primários. Porém, as coisas não são assim tão lineares.
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