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Opinião

A edição da democracia

O acesso praticamente infinito à informação que a revolução digital nos trouxe é facilmente confundido com conhecimento sobre tudo, mas não o é

Em ‘Funes, o Memorioso’, Jorge Luis Borges narra a história de Irineu Funes, habitante de uma pequena vila dotado de uma memória prodigiosa. Funes lembrava-se de tudo, uma verdadeira enciclopédia, mas não conseguia articular nenhum pensamento estruturado nem perceber o mundo em seu redor. Jorge Luis Borges antecipou uma metáfora sobre o mundo digital. O acesso praticamente infinito à informação que a revolução digital nos trouxe é facilmente confundido com conhecimento sobre tudo, mas não o é. O conhecimento exige ter a capacidade de distinguir entre informação relevante e irrelevante, verdadeira e falsa, boas e más ideias. Sem edição, a informação confunde em vez de trazer conhecimento, engana em vez de ajudar.

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