Assumirmos que 1,3 milhões de portugueses são todos fascistas ortodoxos é tão absurdo como pensarmos que os 800 mil eleitores do PCP de 1976 eram todos defensores do marxismo. O meu avô queria pão e um contrato de trabalho, não queria Marx ou a URSS - mas o PCP era o único que reconhecia que ele existia
A esquerda continua a afundar-se. Pior: o naufrágio da esquerda leva consigo parte dos média tradicionais, porque há obviamente uma relação histórica entre a esquerda e o olhar do jornalismo e do comentário em Portugal (e não só). Basta recordar que todas as vitórias da direita democrática foram sempre uma enorme surpresa nas redações de Lisboa. Todas, sem exceção, desde Sá Carneiro a Passos. Até o “Independente” não percebia porque é que Cavaco tinha 50%. A geringonça foi feita devido ao choque e pavor que a esquerda sentiu em 2015: como assim o Passos ganhou?
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