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Opinião

Há guerras que não devemos lutar

A regionalização deve ficar onde os portugueses a escolheram deixar no referendo de 1998, no fim da lista. Não é altura. Não é essencial. Temos já muito com que nos preocupar e mais ainda para fazer

A forma mais rápida de destruir qualquer instituição é colocá-la ao serviço de algo que não seja a sua principal função. Esta tentação é transversal a muitas áreas e usada de forma tão descarada que nos habituámos a tolerá-la como se tivesse ganho uma espécie de legitimidade por usucapião. Existem exemplos gritantes e fáceis de enumerar. O BES desapareceu quando deixou de ser um banco para ser o porquinho mealheiro de uma família. Tal como a Portugal Telecom, quando se esqueceu de que era uma empresa de telecomunicações e não um centro financeiro de interesses obscuros. No mundo empresarial, é mais fácil perceber os erros, já que as quedas são normalmente rápidas e estrondosas. Quando passamos para áreas mais subjetivas, nomea­damente para a credibilidade de uma organização pública, muitas vezes somos apanhados de surpresa e demasiado tarde.

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