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Opinião

Coisas da demografia eleitoral

Coisas da demografia eleitoral

João Silvestre

Editor Executivo

Continuamos a discutir eleições como se ainda estivéssemos em 2015. Não estamos, e isso faz toda a diferença

Passamos o tempo a dissertar sobre as novas gerações e sobre a forma como encaram a vida. São diferentes no trabalho, nas relações pessoais, na mobilidade, em quase tudo. Também são diferentes na hora de votar. Todas as sondagens revelam como as preferências políticas variam com a idade e raramente a dinâmica demográfica é tema explícito de análise política. Principalmente quando se interpreta a evolução dos resultados eleitorais ao longo do tempo. As mudanças acontecem porque as pessoas votam de maneira diferente, mas também porque há novas pessoas a votar. Sem ter isto em conta, acabamos a avaliar o presente com os olhos presos no passado. Ainda no domingo, para esmiuçar o descalabro do PS, o ano de 2015 continuava a servir de referencial a muitas análises. Uma década é um período relativamente longo no tempo demográfico: desde 2015, foram substituídos um milhão de eleitores num universo de 11 milhões.

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