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Opinião

O desastre do PS mata o Bloco Central ou ele é mais preciso do que nunca?

O que se espera é que os socialistas vão negociar com a AD um cordão sanitário que acabará por se traduzir num Bloco Central informal. Não se trata de repetir a coligação governamental de 1983/85, terá de ser um apoio mais parecido com o que Guterres teve de Marcelo, desta vez ao contrário, com o PS a deixar a AD governar, mas com Montenegro a permitir alguns ganhos de causa a quem vier liderar os socialistas

Fomos para eleições porque Luís Montenegro acreditou que o governo julgado pelo povo teria sempre melhor resultado que a Spinumviva escrutinada numa Comissão Parlamentar de Inquérito. Conseguiu, mas ficou aquém da maioria sonhada e até houve um momento na campanha em que a maioria parlamentar com a Iniciativa Liberal pareceu estar ao virar da esquina. Portanto, pensar que a grande vitória é de Montenegro e da AD é não ter aprendido nada com esta experiência. A grande vitória é do Chega, que não é penalizado nem por ter contribuído para a queda do governo, nem por ter tido um ano desastroso cheio de casos. Se não aprendermos nada com o reforço do partido de André Ventura vamos a caminho de um desastre. Se para o ano tivermos novas eleições, o mais provável é que o Chega continue a subir.

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