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Opinião

O statu quo adora o voto útil

O statu quo adora o voto útil

Isabela Figueiredo

Escritora, vencedora do Prémio Urbano Tavares Rodrigues

Inovador seria perder o medo ao que está para vir. Projetar um futuro. Ter esperança. Lutar por ela. Há sempre uma solução

O capitalismo continua a ser um grande tiranossauro rex esfomeado. Há quem tenha sido completamente comido; nós vamos sendo saboreados devagar, transação a transação. Poderíamos viver sem o tiranossauro rex do capital? Tendo a dizer que não. De forma absoluta, não. Porque, para o bem e para o mal, nós também somos o capitalismo contra o qual nos pronunciamos. O capitalismo é um “salve-se quem puder” que absorve muito daquilo de que a natureza humana é feita. Devolve-a com um rosto aparentemente civilizado. Verbalizando as ações em que consiste o seu lado selvagem, diria que se baseia em defender, atacar, liquidar, colher, comer, reproduzir(-se) e trocar. Diria que somos capitalistas antes de nos tornarmos humanistas, porque somos animais antes de nos tornarmos racionais.

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