Mesmo sem recessão, o crescimento do PIB pode ser curto para manter o excedente orçamental. E isso não é dramático
Entrámos em 2025 animados com o excedente orçamental e o andamento da economia num ano em que o consumo e o crédito à habitação bateram novos recordes. Não importava que Donald Trump estivesse a dias de se instalar na Casa Branca com a promessa de abrir uma violenta guerra comercial. Só que o tempo passou, a economia avançou e o INE declarou: o PIB recuou 0,5% em cadeia nos primeiros três meses do ano. Foi a maior queda desde 2021, quando ainda vivíamos as dores da pandemia. Podemos dizer que a economia contraiu porque o quarto trimestre de 2024 foi extraordinário, o que é verdade, ou então achar que há mesmo motivos de preocupação. É a ameaça da recessão técnica (dois trimestres negativos) que paira sobre a economia portuguesa. E são as metas para final do ano que podem estar comprometidas.
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