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Opinião

Viver devagar

Viver devagar

Isabela Figueiredo

Escritora, vencedora do Prémio Urbano Tavares Rodrigues

As redes sociais estavam cheias de fotos de rádios, velas, fogões de campismo e uma vida mais contemplativa e vagarosa

Um apagão em período eleitoral é usado demagogicamente. Não serve ninguém e não me agrada. Não me interessa falar sobre os responsáveis e causas do apagão energético desta semana nem sobre os perigos de se viver dependente da eletricidade. Tenho sempre o kit preparado. Não preciso de lições. Aprendi-as há muito tempo em situação real. Quando vejo casas com sistemas de vigilância, portões ou estores elétricos arrepio-me. Penso: “Vais lixar-te tanto e não sabes.” Sinto o tal schadenfreude (sentimento de satisfação com a desgraça alheia). Sou boazinha, contudo revestida de tudo o que é humano. O que me interessa é a forma como as pessoas reagem aos acontecimentos.

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