O PS julgou que encostava o primeiro-ministro à parede, demolindo a casa. Um erro histórico, que só beneficia quem está à porta
Não sei se a liderança do PS alguma vez se arrependerá de ter contribuído para a ocasião da crise política — e de novas eleições antecipadas —, mas talvez um dia Pedro Nuno Santos se arrependa do modo como conduziu a sua campanha eleitoral. O primeiro arrependimento dependerá sempre do resultado e da conclusão — ou não — de que, se era para perder, mais valia ficar tudo na mesma. O segundo arrependimento não. Para este se materializar, é irrelevante se o Partido Socialista fica à frente ou atrás no dia 18 de maio, desde que Pedro Nuno permaneça na política ativa, na medida em que os efeitos da sua ausência de limites acabarão — ou poderão acabar — por lhe tocar a ele.
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