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Opinião

O legado de Francisco

A busca de Deus, tal como a busca pela Verdade, é sempre um caminho, nunca um destino plenamente alcançado

O pontificado do Papa Francisco trouxe uma inegável renovação pastoral. A sua ênfase na misericórdia, o acolhimento aos marginalizados, a atenção dedicada aos mais pobres e vulneráveis tocaram profundamente católicos e não católicos. Em certas matérias, contudo, a perspetiva pastoral de abertura coexistiu com posições doutrinárias mais tradicionais. Não posso esconder que isso gerou em mim, com frequência, situações de tensão interior. Quando Francisco perguntou, relativamente às pessoas homossexuais, “Quem sou eu para julgar?”, pareceu prenunciar uma abordagem há muito esperada. Mas, em temas como o aborto e a eutanásia, manteve a doutrina tradicional da Igreja, reafirmando-a frequentemente. A tensão entre abertura pastoral e permanência doutrinária não foi exclusiva de Francisco. Na verdade, caracteriza, em boa medida, a experiência de muitos católicos no mundo contemporâneo.

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