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Opinião

O demónio que há em nós

O demónio que há em nós

Isabela Figueiredo

Escritora, vencedora do Prémio Urbano Tavares Rodrigues

Precisamos de nos vigiar. A exposição a realidades violentas gera violência. No mínimo causa inquietude

As pessoas gostam de desgraça. No dia mais grave da tempestade “Martinho”, algumas televisões estiveram na rua até às duas da manhã a noticiar árvores caídas e a sua remoção, em direto, em diversos pontos do país. Contemplar os danos em cada um dos carros atingidos por árvores consolou muita gente. Porquê? É isso que gostaria de entender. Os jovens jornalistas que as redações enviaram para o meio da tempestade têm de fazer tudo para não perderem os empregos. Quem deseja trabalhar numa noite de vendaval, à chuva e ao vento, molhado e com frio? Ganha mais? Tem direito a férias a seguir? Não me parece.

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