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Opinião

Hospitais: males e curas

O cirurgião começou a levar quilos de blue wrap no seu próprio carro para o reciclar transformando-o em toalhas (só para a JMJ foram mil), sacos e até protótipos de anoraques e sacos-camas

Há quatro anos, o conhecido cirurgião cardíaco João Queiroz e Melo decidiu cometer uma ação clandestina no hospital onde trabalhava. Não, não roubou malas. Pegou em quilos de blue wrap descartado, um pano usado em grandes quantidades nos hospitais e que, apesar de esterilizado e inócuo, tem obrigatoriamente de ser enviado para incineração ou aterro. Discordando deste desperdício, o cirurgião começou a levar o blue wrap no seu próprio carro para a Entre-Ajuda, uma organização do Banco Alimentar, onde, com a cumplicidade de Isabel Jonet, conseguia reciclá-lo transformando-o em materiais usados para fins sociais: toalhas (só para a Jornada Mundial da Juventude foram mil), sacos e até protótipos de anoraques e sacos-camas. Apesar de avisar os seguranças do hospital de que estava a fazer uma ilegalidade, na esperança de ser detido e chamar assim a atenção pública para o assunto, Queiroz e Melo, não foi preso, “infelizmente”, como diz.

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