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Opinião

Miranda Sarmento e o lobo mau

Miranda Sarmento e o lobo mau

João Silvestre

Editor Executivo

Os alertas do ministro sobre as contas foram bastante exagerados. O excedente surpresa está aí para o demonstrar

Ainda não conhecemos o excedente de 2024. O Instituto Nacional de Estatística (INE), no final de março, irá dizer-nos qual foi. Mas não é preciso ser matemático de exceção nem mago das finanças para perceber que vem aí uma surpresa. Um brilharete de Joaquim Miranda Sarmento a fazer lembrar Mário Centeno e Fernando Medina. O Estado fechou dezembro com um excedente de €354 milhões em contabilidade pública, ou seja, numa lógica de caixa que não é a seguida pelo INE nem pelo Eurostat. As contas ficaram €1615 milhões acima do que o Governo estimava em outubro quando fez o Orçamento do Estado para 2025. Nessa altura, previa-se um excedente em contabilidade nacional — a metodologia do INE — de 0,4%. É bastante provável, por isso, que o excedente final seja bem maior, a rondar 1% do PIB. Há até quem fale em valores que podem chegar a 2%, o que seria o maior excedente em quase 100 anos.

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