Um presidente inseguro numa cidade segura
Lisboa precisa de um presidente que resolva os problemas, em vez de gastar os recursos a disfarçá-los com propaganda
Presidente da Concelhia do PS de Lisboa
Lisboa precisa de um presidente que resolva os problemas, em vez de gastar os recursos a disfarçá-los com propaganda
Um presidente de Câmara preocupado com a sua cidade e com os seus habitantes não deveria estar sempre a repetir como ela é insegura e perigosa. A Carlos Moedas interessa transmitir uma ideia de insegurança para agradar a uma parte do eleitorado que fugiu para a direita do PSD, mas também para depois poder aparecer como a figura de um xerife, capaz de restabelecer a ordem pública.
Infelizmente para ele, e felizmente para os lisboetas, as estatísticas sobre segurança desmentem a falsa realidade que tenta criar. A narrativa “moediana” não resiste a uma análise mais aprofundada. E quando confrontado com o erro nos factos que apregoa, Moedas insiste no que apenas ele vê: há mais crime, mesmo quando os números mostram o contrário…
Uma análise mais profunda mostra como, também nesta área, o autarca não fez nada para além de propaganda. A instalação de câmaras de videovigilância nas zonas mais sensíveis da cidade foi sendo adiada, e agora, em ano de eleições, Moedas tenta a todo o custo disfarçar e corrigir a falha. Se a segurança fosse uma preocupação genuína, a medida já teria sido implementada há muito tempo.
Mas a incompetência não é novidade na governação de Moedas que está focado em entrevistas e filmes para as redes sociais, que não passam de um ilusionismo que os lisboetas já identificam e que começam a não apreciar. Prometeram-lhes Novos Tempos e servem-lhes Novos Truques.
Um presidente de Câmara deveria ter como primeira preocupação projetar uma boa imagem da sua cidade. Não é o que se verifica com Carlos Moedas, que se queixa constante e repetidamente nos meios de comunicação de como Lisboa é uma cidade perigosa. Com isso consegue afugentar turistas e investimento, que preferem a segurança acima de tudo, e atormentar a paz de espírito de todos os que aqui vivem e trabalham.
Se a isto juntarmos o atual estado de sujidade da capital, a falta de fiscalização dos horários de estabelecimentos comerciais, sobretudo horários noturnos, e o trânsito selvagem, percebemos como este presidente conseguiu o pleno na péssima impressão com que fica quem nos visita ou planeia investir aqui.
Lisboa precisa de um presidente que trabalhe para os lisboetas e não para o seu ego. Lisboa precisa de um presidente que resolva os problemas, em vez de gastar os recursos a disfarçá-los com propaganda. Lisboa precisa de um presidente que seja parte da solução e não do problema. Com menos queixinhas, mais determinação e coragem. Mais do que Novos Tempos, os lisboetas precisam de Novas Soluções.
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