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Opinião

De saia para o Uganda

De saia para o Uganda

José Gameiro

Psiquiatra e piloto

Nunca serei o marido ideal, tenho uma vida profissional inteiramente realizada, mas geograficamente instável

Quando me separei da mãe dos meus filhos, jurei a mim próprio: vidas em comum nunca mais. Podia e queria ter namoradas, sabia que, com algumas, iria ter a pressão de vivermos juntos, mas já me conheço o suficiente para saber que não sou fácil a partilhar o dia a dia. E tinha filhos e um deles é uma filha. Raramente conheceu uma namorada, mas, quando aconteceu, não correu nada bem. Sempre tive o bom senso de não a levar de férias comigo e com uma senhora. Bastaram-me alguns almoços e jantares para perceber que, se avançasse para uma relação de acasalamento, ela me ia fazer a vida negra. Tenho um amigo que me diz, com inteira razão, tudo o que mete miúdas é uma grande confusão. E acrescenta, a tua relação com a mãe deles é muito boa, mas nada te garante que, se aparecer alguém, com carácter mais sério, ela não te faça a vida num inferno a manipular os miúdos, as gajas são lixadas, umas para as outras. Sei que nem sempre é assim, mas conheço casos muito complicados, quase de alienação parental.

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