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Opinião

Eu, a funcionária de caixa

Eu, a funcionária de caixa

Isabela Figueiredo

Escritora, vencedora do Prémio Urbano Tavares Rodrigues

Tenho pactuado com uma ilegítima apropriação do tempo e trabalho do cliente. Quero ser atendida por pessoas verdadeiras

Não há burguesa arruinada que não sonhe com pechinchas em saldos. De maneira que lá fui, com pouco tempo, mas cheia de boa vontade. Olho para os carros de roupa pendurada em cabides, onde é necessário passar dezenas de peças até encontrar uma ao meu gosto e tamanho, como olharia para as prateleiras de uma loja de bricabraque ou de velharias e antiguidades. Tanto mundo! A peça solta e única, injustamente rejeitada por causa de uma cor berrante ou de um feitio estrambólico, ou seja, pela sua singularidade, é um brinde e uma vitória.

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