Não, não vamos para melhor, nem os amanhãs cantam, nem o futuro é risonho. Mas talvez a grande verdade seja que também não o merecemos
Há muito tempo que não leio um livro que me encha as medidas e todavia nunca li tanto na vida como neste ano que chega ao fim. Faz-me falta ler um grande livro porque a literatura liberta, leva-nos para territórios alheios, infinitos de deambulações e ausências, de personagens excessivas, atormentados por sentimentos diferentes deste torpor malsão em que sobrevivemos, como a de Justine em “Quarteto de Alexandria”, de Durrell, quando exclama: “Se ao menos houvesse qualquer coisa de infinitamente livre, de polinésico, nesta devassidão em que vivemos!”
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