Exclusivo

Opinião

Acordos de sentença

É frequente que certos tipos de criminalidade sejam qualificados como “doença” e “cancro” e se apele a medidas excecionais para os combater

Como expectável, o Dia Internacional contra a Corrupção trouxe vários anúncios e reintroduziu no debate público figuras que têm sido anunciadas como ferramentas imprescindíveis para combater esta “doença” contemporânea, como a delação premiada. Há desde logo um exagero metafórico convocado na contextualização deste debate com o objetivo de ajudar a justificar discursivamente o recurso a certos institutos que, de outro modo, encontrariam resistências em sistemas ancorados matricialmente no Estado de direito e na dignidade da pessoa humana. A estratégia retórica não é nova, e não se limita a esta área específica: é frequente que certos tipos de criminalidade sejam qualificados como “doença” e “cancro” e se apele a medidas excecionais para os combater.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate