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Opinião

Não percepciono nada disto

É inegável que possuo o que parece ser o requisito essencial para uma candidatura à presidência, a saber: falar na televisão aos domingos à noite

Foi na segunda-feira passada. Um amigo telefonou-me e disse: “Estás na primeira página do ‘Correio da Manhã’.” Fiz o que toda a gente faz nessas circunstâncias: abri o Google, pesquisei “países sem acordo de extradição com Portugal” e dirigi-me para o aeroporto. Durante o percurso, no entanto, outro amigo enviou-me uma fotografia do jornal. A notícia referia-se a uma sondagem sobre as intenções de voto nos candidatos à Presidência da República. O título principal dizia: “Gouveia e Melo esmagador na corrida à Presidência. Almirante é o preferido”. Por baixo, o jornal acrescentava: “Marcelo deixa Belém sem voto da maioria.” E, por fim: “Ricardo Araújo Pereira recolhe preferências.” Dei instruções ao taxista no sentido de voltarmos para casa. Afinal, não era uma notícia para me cobrir de vergonha, era para me cobrir de ridículo. Prefiro assim. Estou habituado.

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