O almirante pode vencer. Pode mesmo ser um bom Presidente. Mas a sua eleição, se acontecer, será uma confissão coletiva: de que os partidos já não têm nada a oferecer. A questão é se, depois de tudo, ainda terão tempo para se corrigir. Se não o fizerem, os próximos Gouveias e Melos virão sem farda e sem limites
Gouveia e Melo não é um candidato. É um espelho, um reflexo de um regime político à deriva, incapaz de se reinventar. PS e PSD estão num momento de exaustão histórica. A sondagem da Intercampus, que dá 23% ao Almirante Gouveia e Melo, não é apenas um número; é um diagnóstico. Juntos, os dois maiores partidos mal passam dos 50% das intenções de voto — no que já é, desde 10 de março, o seu pior momento desde 1985. A questão já não é de nomes ou de estratégia; é de pertinência. No campo presidencial, os partidos que moldaram o regime parecem agora irrelevantes.
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