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Opinião

Não basta ser, é preciso parecer...

Não basta ser, é preciso parecer...

Sílvia Sousa

Professora de Economia da Universidade do Minho

A heterogeneidade dos concelhos portugueses coloca objetivamente desafios acrescidos a um processo de descentralização que transfere com carácter universal competências para as autarquias

Enquanto o mundo digere o resultado das eleições norte-americanas, em Portugal, o compromisso do PS em aprovar o Orçamento do Estado forneceu um balão de oxigénio ao Governo, afastando o cenário de eleições legislativas antecipadas e colocando o país em modo de eleições autárquicas. Neste contexto, se pensarmos no número de pessoas a eleger, entre assembleias de freguesia, assembleias municipais e, claro, executivos camarários, é fácil imaginar o rebuliço em que estarão os partidos políticos e, consequentemente, o país, no próximo ano. Não sendo surpresa para ninguém a existência de assimetrias profundas na distribuição da população residente pelo nosso território, percebe-se que as dinâmicas que se viverão na freguesia de Paradela e Granjinha, no concelho de Tabuaço, distrito de Viseu — onde, segundo o Censos de 2021, a população não chega a uma centena —, serão distintas das que afetarão as pessoas de Algueirão-Mem Martins, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa — onde a população residente naquele ano ascendia a 68.649 indivíduos.

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