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Opinião

O homem que não vale nada

Para um homem polidamente torturado como Henry James, um homem descobrir que não vale nada não é um final infeliz

Todos os admiradores de Henry James, que, ao que me contam alguns professores de literatura americana, são cada vez menos, devido ao elitismo, sofisticação e, na última fase, gramática arrevesada do autor, todos eles, dizia, têm um romance favorito ou um conto ou novela favoritos (há mais de uma centena por onde escolher). Eu ainda vou atrasado no cânone jamesiano, mas gosto muito do “Retrato de Uma Senhora” (1881) e de “O que Maisie Sabia” (1897), e li também umas dezenas de contos e novelas, entre os quais obras-primas como “Daisy Miller” (1878), “Os Manuscritos de Aspern” (1888), “A Lição do Mestre” (1888), “O Altar dos Mortos” (1895), “O Desenho no Tapete” (1896) e “O Aperto do Parafuso” (1898). O meu favorito é “Os Amigos dos Amigos” (1898), escolhido por Borges para a sua biblioteca ideal, história de um homem e de uma mulher que amigos comuns dizem “feitos um para a outro”, mas que, por acaso ou por receio, acabam por nunca se encontrar.

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