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Opinião

Musk, o cavalo de Troia

O homem mais rico do mundo anda a saltar em comícios de Trump e a oferecer dinheiro por votos. Ambos têm um projeto de “poder total”. Serão compatíveis?

Vamos ser sérios: a relação de “amor” entre Donald Trump e Elon Musk é tudo menos ilógica. São dois dos predadores de topo do planeta que decidiram unir forças porque têm um objetivo comum. Embora, obviamente, se desprezem. De outra forma, como seria possível ter os dois maiores egomaníacos narcisistas do planeta a dividir as atenções num palco e a tolerarem-se? Um Musk aos saltos e um Trump com um sorriso amarelo. Mas esta é a situação. Elon Musk, o homem mais rico do mundo, o “génio” da Tesla e da SpaceX, o dono do X (Twitter), quer tanto que Trump ganhe as próximas eleições presidenciais que se mudou para o mais decisivo dos “Estados-pêndulo”, a Pensilvânia, juntamente com uma equipa de não sei quantos elementos, que já foram despedidos e substituídos por outros tantos. E começou por doar, pessoalmente, 85 milhões de dólares, a que juntou mais 225 para a campanha. Poderá ser muito mais. É indiferente. Musk tornou o Twitter numa espécie de órgão oficial do “Make America Great Again” (MAGA), sendo ele o rei do algoritmo — aparece sempre em primeiro lugar no feed — e um dos maiores dissemi­nadores de campanhas de desinformação e vídeos de inteligência artifical (IA) produzidos para difamar Kamala Harris, ou teorias falsas sobre imigrantes, máquinas de votos comprometidas ou furacões. Musk está a mentir e sabe que está a mentir.

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