É necessário um cessar-fogo em Gaza. São os amigos de Israel que têm o dever de o exigir
Nem todos sofremos de maniqueísmo ou nos alistamos num dos muitos exércitos da opinião com uma visão simplificadora da realidade. Muitos de nós, desde que por aqui andamos, nutrimos justificada admiração pelo povo israelita, pela sociedade que construiu e pelo seu Estado, uma realização extraordinária de tenacidade, sacrifício e afirmação dos valores ocidentais: liberdade, democracia, pluralismo, primado da lei. Com a mesma sinceridade, repudiámos os abusos, injustiças e crueldades que se abateram e abatem, desde há décadas, sobre o desgraçado povo palestiniano, gente martirizada pela História, degradada a nascer e morrer em cativeiro. Nossos irmãos do Mediterrâneo, parecidos connosco mais do que se supõe na arte de extrair o sustento das colinas pedregosas que testemunharam o nascimento e a morte de grandes civilizações, do outro lado do mar interior.
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