É aqui que Montenegro demonstra o seu melhor — mas também revela o seu limite. Provou que sabe lutar no meio do caos, mas a verdadeira questão é se será capaz de governar fora dele. O país, agora num momento de caos, pedirá eventualmente mais do que simples resistência e confronto. Quando as águas acalmarem e o país pedir mais do que combates — quando for preciso construir, inovar e ter uma visão de futuro —, Montenegro terá de mostrar que é mais do que o lutador que resiste às marés políticas. Terá de provar que pode ser o líder que quis ser quando concorreu há um ano
Há pouco mais de um ano, Luís Montenegro era uma nota de rodapé na história recente do PSD. Descartável. As sondagens empurravam-no para o esquecimento, as facas afiavam-se dentro do partido e, de fora, o consenso era claro: Montenegro estava a prazo. A sua insistência em recandidatar-se parecia mais um ato de desespero do que de visão. E, agora, o mesmo gesto parece, quase por milagre, um golpe de clarividência.
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