A beleza de Delon, patente e indesmentível, era complexa: solitária, moderna, vulnerável e muito séria
Quando Alain Delon morreu, este Verão, discutiu-se tudo, as curiosidades e os mistérios e as polémicas e as histórias antigas: o AVC e o declínio, a colecção de arte, as querelas entre os herdeiros, se ele era de direita ou de extrema-direita, os amores com mulheres célebres e sobretudo Romy Schneider, o filho com Nico que ele nunca reconheceu mas era a sua fotocópia, a cunha inicial da mulher do cineasta Yves Allégret em favor daquele rapaz dos olhos azuis, o patriotismo de ex-soldado da Indochina, o gosto aristocrático do filho do talhante, as ligações a criminosos e outros indivíduos indesejáveis, a rivalidade amigável com Belmondo, o fracasso ou desinteresse por uma carreira americana, a sua arrogância ou mau feito, o seu estatuto inabalável de ícone francês entre os anos De Gaulle e Mitterrand.
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