Kevin Spacey e Armie “Canibal” Hammer estão judicialmente ilibados. Hollywood enterrou-os. Queremos ouvi-los?
Não sou grande fã de Piers Morgan. Nem tinha de ser. Para quem não sabe, Morgan é um famoso entrevistador televisivo, jornalista, escritor britânico cuja notoriedade chegou ao outro lado do Atlântico. Para ser sincero, tinha decidido não gostar dele pela junção de “defeitos”. Vejamos: tinha sido editor do mais alucinado tabloide de Rupert Murdoch, o “News of the World”, e tinha vivido nesse lamaçal até 2014 — tendo sido implicado no escândalo das escutas telefónicas a celebridades, políticos e membros da realeza. Negou. E safou-se. E mudou de continente. E de meio de comunicação. Virou-se para a televisão. Vou escolher da sua biografia aquilo de que me lembro mesmo: foi jurado no “America’s Got Talent”; substituiu o mítico Larry King nas entrevistas na CNN, mas acabou cancelado por más audiências; e em 2008 venceu o “Celebrity Apprentice”, apresentado pelo gabarolas do imobiliário Donald Trump, que o classificou de: “cruel, diabólico e repulsivo”. Estava a elogiá-lo. Só em 2020 se afastou de Trump-presidente; e li algumas notícias de como odiava profundamente Meghan Markle. Nos últimos anos, fui lendo em títulos que era corrido dos programas que apresentava devido a polémicas. Não somos obrigados a gostar de todas as pessoas — Deus nos livre! —, mas havia aqui uma mistura que me afastava de Piers Morgan, e que começava na questão dos tabloides (vivi profissionalmente a “era da Diana” em que ele era um dos Darth Vaders) e na amizade com Trump. Em suma: não gramava o tipo porque sim.
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