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Opinião

O nadador olímpico

Queremos o que não temos, ou não sabemos se temos, queremos aquilo de que desistimos ou não, queremos aquilo que não sabemos o que é, ou que não queremos saber

Diz-se que desistir é uma fraqueza, uma cobardia. Mas no recente “On Giving Up”, o ensaísta e psicanalista britânico Adam Phillips atribui esse juízo a dois equívocos. O primeiro tem a ver com a identificação entre qualquer desistência e a sua forma máxima, o suicídio, o que faz de um desistente vulgar uma espécie de masoquista. O segundo equívoco é mais intrincado, mas pode formular-se assim: quando desistimos daquilo que queremos, saberemos ao certo o que queremos e não queremos, ou o que é melhor para a vida ainda por viver?

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