Exclusivo

Opinião

Este presente distópico

Netanyahu deseja que os americanos sejam os seus idiotas úteis, apoiando e alimentando um regime que persiste em grosseiras violações do Estado de direito

Quando um primeiro-ministro contra quem existem pedidos de mandados de captura requeridos pelo procurador do Tribunal Penal Internacional é recebido em aplausos no parlamento da maior democracia do mundo, sabemos que é talvez chegado o ponto de inflexão do multilateralismo e de uma ordem internacional alegadamente baseada em regras e no direito. Neste ocaso do mandato de Biden, Netanyahu não poupou os americanos e o mundo a mais uma carga retórica que divide artificialmente o mundo entre barbárie e civilização, luz e trevas, bem e mal, numa semântica pouca digna da casa política de liberdade que, uma vez mais, o acolheu com a generosidade própria da história imbricada que une aqueles dois países.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate