O atual cenário – nem Espanha devolve o território, nem Portugal se mostra assertivo na defesa dos seus direitos – é o pior possível para Portugal, para Espanha e para os oliventinos
Se analisarmos a questão de um ponto de vista legalista, Olivença está localizada inequivocamente em território português. Se outras disputas territoriais são passiveis de múltiplas interpretações, o escrutínio de todos os acontecimentos e textos legais ligados a Olivença – como o Tratado de Alcanizes de 1297, a Guerra das Laranjas, o Tratado de Badajoz e o Tratado de Madrid de 1801, o Tratado de Fontainebleau de 1807, o Tratado de Paris de 1814, o Ato Final do Congresso de Viena de 1815 e o Tratado de Viena de 1817 – é taxativo. Como dizem os nacionalistas portugueses, “Olivença é nossa”.
Mas a base de sustentação para um povo administrar um território não pode ser apenas legal. Um território não é apenas a coagulação de uma lei. E uma lei perde legitimidade se se tornar apenas um instrumento conservador de organização de um momento passado.
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