Em Portugal, quando uma lei não funciona, muda-se a lei na esperança de que funcione. Por agora, nada permite concluir que vamos ter um processo eficaz; só vamos eventualmente ter menos pedidos — e possivelmente mais imigrantes ilegais. É bem provável que se acabe por deslocar os acampamentos da porta da AIMA para os consulados portugueses no estrangeiro. Longe da vista, pode ser que ninguém repare neles.
A cada eleição que passa, o discurso do Chega sobre a imigração tem subido de tom. A conversa, relativamente civilizada, sobre a necessária regulação dos fluxos migratórios cada vez parece mais um vago som de fundo para, na realidade, clamar a plenos pulmões que “nem mais um” turbante terá direito de entrada.
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