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Opinião

As tragédias da imigração

A “Europa fortaleza” não é um hino à ética política. É um recurso para evitar uma tragédia. Um paliativo para disfarçar o risco de desintegração

Faz agora um mês, no dia 2 de maio, a senhora Ursula von der Leyen deslocou-se ao Líbano levando na pasta um cheque de mil milhões de euros. Oficialmente, é uma ajuda para a recuperação de um país semidestruído, mergulhado no caos. Na realidade, trata-se do financiamento de operações de fiscalização à migração clandestina para Chipre, um país da União Europeia. O Líbano junta-se assim à Turquia, à Tunísia, a Marrocos, à Mauritânia e à Albânia. Todos recebem generosos donativos para estancaram o fluxo migratório para a Europa. Um trabalho conjunto da “Der Spie­gel”, do “El País” e do “Le Monde” denunciou recentemente inúmeras práticas violentas e até racistas contra migrantes nas fronteiras destes países, sobretudo em África.

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