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Opinião

Helen Vendler, último olhar

Helen Vendler privilegiou a poesia lírica, a poesia do “eu”, e nunca aderiu à moda da “identidade”. À identidade, disse, preferia o temperamento

“Há um costume na Irlanda chamado ‘olhar em volta pela última vez’. Quando alguém fica acamado, às portas da morte, levanta-se, com esforço, e pela última vez passa em revista o seu território, o norte, o leste, o sul, o oeste, os lugares e as coisas que constituíram a sua vida”. Assim introduz Helen Vendler (1933-2024) o volume de conferências “Last Looks, Last Books” (2010), uma investigação sobre a auto-elegia, ou seja, poemas acerca da morte do autor que os escreve, conjugando num mesmo artefacto a decadência do corpo e a vitalidade do espírito, imaginando uma vida verbal além da morte do sujeito, e inventando um estilo adequado a isso.

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