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Opinião

Os argumentos a favor de Israel continuam válidos

Os argumentos a favor de Israel continuam válidos

Ian Buruma

Escritor, a sua obra mais recente é "Spinoza: Freedom’s Messiah" (Yale University Press, 2024)

Desconsiderar o papel de Israel como refúgio potencial demonstra alguma falta de solidariedade e de imaginação. A menos que se acredite que os judeus têm direito ao seu Estado porque Deus prometeu a Terra Santa ao povo judaico, o ideal de construir uma pátria para todos os judeus perseguidos continua a ser o argumento mais forte para a sua existência

Em 2009, o historiador britânico Tony Judt, já falecido, defendia que a identidade de Israel como Estado unicamente judaico era “má para Israel” e “má para os judeus noutras paragens, que são identificados com as suas ações”. Apesar de as suas considerações terem fomentado controvérsia na época, a reação global à atual guerra entre o Hamas e Israel parece ter-lhe dado razão, à medida que judeus por todo o mundo estão a ser culpados pelo alegado “genocídio” de Israel contra o povo palestiniano.

Durante os últimos seis meses, as notícias das atrocidades em Gaza têm sido seguidas de picos de incidentes antissemitas em cidades como Londres, Nova Iorque e Viena. Sinagogas foram desfiguradas com frases de ódio, cemitérios judaicos foram profanados e indivíduos identificados como judeus foram assediados.

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