Dar a chefes civis um extenso exército bem armado e às ordens constitui uma ameaça à democracia
O almirante Gouveia e Melo, nome com ressonâncias de grandeza, a começar pelo título de almirante, quer dar aos portugueses o sentido da vida, fundado na disciplina e no método herdados de Esparta. Nos rigores da vida militar. Nesse sentido, e porque as Forças Armadas e em particular a Marinha que ele dirige, estão emasculadas e enfraquecidas, sem voluntários, o almirante (lembro-me logo do outro almirante que com tantas e tão saborosas anedotas deu vida à minha adolescência liceal, o defunto Américo Thomaz) colocou um gigantesco cartaz ali para os lados de Alcântara convidando ao recrutamento. O cartaz é de excelência, e espero que a agência tenha sido remunerada no esforço patriótico. Fiquei com vontade de me alistar. Mas...
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