O que fica do excedente para este ano será sempre pouco para tantas promessas. A margem para gastar é curta e facilmente regressarão os défices
Não sei o que impressiona mais: ver políticos em campanha duas semanas depois das eleições ou vê-los a fazer promessas com base numa miragem. Acreditam (ou fingem acreditar) num Santo Graal que tudo paga. Pena não existir. É verdade que esta semana o Instituto Nacional de Estatística deu conta de que, no ano passado, o saldo orçamental teve um valor positivo de 1,2% do PIB: quase €3200 milhões. Dito assim, sem mais, parece um bilhete premiado de Euromilhões para quem está a chegar a São Bento e tem tantas reivindicações a que acudir. Mas deixem-me dar uma má notícia: não há excedente orçamental. Já foi todo.
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