O meu conselho ao primeiro-ministro é este: dr. Luís Montenegro, compre um mapa
Em 1777, George Washington nomeou o primeiro cartógrafo do Exército continental. A sua relação com mapas precedia a vocação militar, tendo sido prospetor de terras índias enquanto colono e, mais tarde, especulador de propriedades quando empresário. Nos seus 67 anos de vida, Washington foi soldado, revolucionário e Presidente, havendo mapeamentos da sua autoria arquivados na biblioteca do Congresso com datas que vão das viagens da sua juventude às batalhas pela independência, terminando numa incursão final na sua propriedade, onde faleceria em 1799. Nos seus últimos dias no exílio, em 1821, Napoleão estenderia mapas numa mesa de bilhar, com as pontas seguradas pelas bolas do jogo, recordando cargas de artilharia como se estivesse nos locais retratados e não a sete mil quilómetros de França, numa ilha remota do Atlântico. Em 1942, o general Marshall ofereceu dois globos perfeitos a Churchill e Roosevelt como prenda de Natal, cada um com cerca de 300 quilos e centenas de horas de trabalho dos cartógrafos da OSS, que antecederia a CIA. Durante a Segunda Guerra, britânicos e americanos acertariam estratégias com o respetivo globo como referência.
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