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Opinião

A muleta

A muleta

José Gameiro

Psiquiatra e piloto

“Senhor doutor, a solidão assusta-me, prefiro estar mal-acompanhado...”

Não sei se posso extrapolar de um antigo instrumento ortopédico para uma expressão relacional, mas foi a palavra que ouvi numa descrição clínica e que nunca me tinha ocorrido. É evidente que não se pode aplicar a todo o tipo de relações, mas seguramente que é possível fazê-lo em relações, ou intermitentes, ou efémeras, que precipitam o fim de conjugalidades em estado terminal. Pensemos um pouco além dos estereótipos. Casais estáveis, sem tensões, com satisfação em estarem juntos, aos olhos dos outros, daqueles casais para a vida e que, de facto, raramente se separam. Mas em que um deles ou os dois têm necessidade de terem, de uma forma intermitente, raramente contínua, outra relação, habitualmente com uma dimensão física.

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