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Opinião

Dificultar o acesso ao aborto não surge no vácuo

A decisão francesa torna o direito ao aborto mais resiliente a eventuais ataques do poder judicial ou de líderes populistas

No dia a seguir a Paulo Núncio ter introduzido o tema do aborto na campanha eleitoral, a câmara alta do Parlamento francês, o Senado, votou por esmagadora maioria, por 267 votos contra 50, a favor da consagração do direito ao aborto na Constituição francesa. Pode parecer mera coincidência temporal, mas quem acompanha estes temas sabe que há alianças internacionais em torno dos movimentos pró-vida e pró-escolha. A decisão francesa, confirmada esta semana pelas duas câmaras do Parlamento, representa precisamente uma escolha política que reage expressamente aos retrocessos em matéria de direitos reprodutivos visíveis nos Estados Unidos, tornando o direito ao aborto mais resiliente a eventuais ataques do poder judicial ou de líderes populistas.

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