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Opinião

Alexei Navalny não morreu em vão

Alexei Navalny não morreu em vão

Ian Buruma

Escritor, a sua obra mais recente é "Spinoza: Freedom’s Messiah" (Yale University Press, 2024)

Os que saem da Rússia são acusados de trair o seu país em troca do luxo de viver no estrangeiro. Foi o que aconteceu na Alemanha nazi nos anos 30

No dia 17 de janeiro de 2021, quando Alexei Navalny, líder da oposição russa, saiu de Berlim, onde estava internado depois de ter sido envenenado na Rússia com o agente nervoso Novichok, rumo a Moscovo disse estar satisfeito por voltar para casa. Mas conhecia os riscos envolvidos: uma longa pena de prisão, tortura e até a morte.

Navalny, que morreu a 16 de fevereiro numa prisão no Ártico, enfrentou um dilema comum a todos os dissidentes políticos: viver no exílio e desaparecer na obscuridade, ou confrontar um regime opressivo e arriscar morrer como um mártir. Seja qual for a sua escolha, as hipóteses de derrubar os governos a que se opõem são praticamente nulas.

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