Não se conseguia avançar com reformas essenciais por inércia e ausência de debate
Fui para a Assembleia da República (AR) com expectativas baixas. Pouco esperando, foi fácil superá-las. Surgiu o convite de António Costa a vários economistas independentes na sequência da agenda para a década. Não tendo ambições políticas, as minhas razões para aceitar o convite foram várias. Há décadas que ensino e escrevo sobre finanças públicas, mas também instituições políticas. Atravessar a rua, do ISEG para a AR, e passar da teoria à prática, para validar ou infirmar aquilo que julgo saber sobre processo orçamental e sobre a tomada de decisão política, foi uma delas. A AR continua a ser o símbolo maior e mais nobre do nosso regime democrático, que vi nascer em Abril de 1974. Uma outra razão foi, obviamente, contribuir para a melhoria legislativa nas minhas áreas de especialidade ou de interesse por razões éticas ou pessoais (transparência, temática LGBTQI+, etc.). Aprendi muito também sobre a natureza humana.
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