Falar de vinho desalcoolizado é arriscado. Aqui se tenta dar sentido a algo que parece não ter
Nem consigo tentar explicar. Do outro lado, não há a menor disposição para querer ouvir. Como abstémio que sou, é com interesse que tenho acompanhado o surgimento e banalização por esse mundo fora — essencialmente no chamado fine dining e nos melhores restaurantes do mundo, e principalmente do Norte da Europa, que produzem as suas próprias bebidas originais — de “emparelhamentos não alcoólicos” em menus de degustação. Ora, que quer isto dizer? Que antes do jantar se pode beber um gim tónico feito com gim sem álcool, e que a refeição será acompanhada por diversas bebidas em que um sommelier para o menu não alcoólico pensou, e que podem ser destilados, infusões, extrações, kombuchas e também, mas não só, vinho “sem álcool”. E é precisamente neste último que batemos de frente: “Vinho sem álcool é sumo de uva.” Ou: “Se é abstémio, porque raio quer beber algo parecido com vinho? Beba água ou cola.”
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